segunda-feira, 29 de abril de 2013

As rosas, os espinhos e nós.





De que valem os espinhos sem as rosas? Para que servem eles nelas?
 Ás vezes não é simples aceitar o fato de que os espinhos estão nas rosas, mas bem que poderíamos pensar ao contrário; há rosas nos espinhos. Sem as rosas, os espinhos são apenas espinhos; sem beleza alguma, com pouca ou quase nenhuma razão de ser. Mas como eles estão presentes nas rosas há muito o que refletir, pensar, aprender. Os espinhos nas rosas deixam evidente que a beleza tem lá seu perigo, que entre a beleza da flor, da cor há também a possibilidade da dor. Torna claro o fato de que o prazer está sempre muito próximo do sofrer, e que a linha que separa um do outro, é muito tênue e frágil, e por vezes se rompe. Isto é fato; no entanto; nossa reflexão não se resume a isso nem poderia. Precisamos pensar nas rosas e nos espinhos da nossa vida. ...e o que é a vida senão um grande jardim cheio de rosas e espinhos? Há que se ponderar e refletir sobre o quanto, muitas vezes, nos envolvemos e até valorizamos os espinhos em detrimento das rosas. Nossa segunda-feira, por exemplo, poderia e deveria ser dia de celebrar, por estar vivo e ter a oportunidade de começar mais uma semana; trabalhar, resolver coisas, planejar outras, executar projetos já feitos e etc. Essa deveria ser nossa atitude sempre, mas por vezes nos prendemos ao fato de que a segunda acabou com o fim de semana, nos fez ter de voltar ao trabalho, as ruas e os bancos estão lotados e a gente tem de pagar contas, ir para escola e etc. Certamente algumas coisas, circunstâncias e fatos sempre serão como que espinhos na nossa vida e são no mínimo possibilidades de dor e sofrimento; ainda assim é de vital importância lembrar primeiro e antes de tudo que outras tantas são como que presentes, dádivas; são como belas e maravilhosas rosas, coloridas e perfumadas que dão um sentido todo especial à nossa vida e ás vezes quase todo o sentido dela. É preciso pensar na maravilhosa existência do Oásis diante do deserto, nas planícies em meio aos vales, nas belas paisagens diante das estradas ruins, no sol que nasce depois da tempestade...  Há que se apreciar a vida e admirá-la como se faz a uma flor, com toda a sua fascinante beleza, odor e cor. Há que se curtir cada detalhe dela com suas peculiaridades, tempos, circunstâncias, causas e épocas como se fossem pétalas que compõem as rosas mas que com o tempo se vão.
...Por isso,celebre a vida e cuide muito bem do grande jardim que ela é, mesmo que seja cheio de rosas e espinhos. Faça valer a pena viver e viva, não apenas exista. Lembre-se que a vida não é uma corrida contra o tempo, é uma caminhada nele; por isso, não tenha tanta pressa sempre. Permita-se a caminhadas, ainda que lentas; permita-se pausar. Faça paradas estratégicas, recarregue-se da energia que precisa para seguir e não a desperdice sem razão. Não despreze os espinhos da vida, mas concentre-se naquilo que são como que belas e maravilhosas rosas, pois são elas, como presentes e dádivas de quem nos criou que trazem cor aos tons muitas vezes cinza de nossa caminhada de vida.
Wanderley t f 29/04/13

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