segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Hoje sim! Amanhã? Talvez...

A maioria de nós vive sem pensar no fim de nossa existência, e muito menos ainda no fim da existência de muitas pessoas que queremos bem. Geralmente não gostamos e não queremos falar disso ou mesmo pensar. No entanto, e infelizmente também, o fim da existência de todos nós é uma certeza que não podemos negar ou fugir dela.
É claro que não sei exatamente quantas vezes escapei da morte, mas sei que algumas posso dizer que certamente me livrei dela, ou melhor; fui livrado, preservado. Quando criança, caí do pára-lamas de um trator que puxava uma carreta carregada de sacos de arroz. A carreta passou sobre mim e eu saí ileso do outro lado. Mais tarde sofri um acidente de carro onde um homem veio a falecer e eu quebrei o braço e tenho uma cicatriz no rosto como lembrança desse episódio, mas escapei vivo. Dirigi alguns milhares de quilômetros pelo Brasil a fora e confesso, sem orgulho algum que corri muito, e por algumas vezes andei de 180 km por hora. Não faz muito tempo, uma caminhonete bateu violentamente por traz em uma moto que eu estava pilotando, e por pura misericórdia de Deus escapei mais uma vez, não sem muitas escoriações, claro. Fato é que eu já poderia ter morrido. Tanta gente se foi e outros continuam indo por coisas tão mais simples. As possibilidades são muitas; uma bala perdida, uma queda de moto, atropelado por um louco e bêbado, uma queda do telhado, um vírus qualquer, um ataque fulminante e etc. enfim, são mesmo muitas possibilidades, e querendo ou não, gostando ou não, elas fazem parte da minha vida também.
Comecei a pensar um dia desses... Se tivesse o poder de ver e ouvir a reação e as palavras das pessoas, principalmente meus amigos diante do fato de minha morte; como seria essa experiência? Eu sei que as palavras e as reações seriam diversas e variadas. Muitos diriam boas coisas sobre mim; afinal de contas, sempre me esforcei, não apenas para ter amigos, mas principalmente para ser amigo. No entanto, diante da verdade do fato de que é impossível após a morte saber o que pensam e o que dizem os outros sobre mim, não gostaria que esperassem pelo fim de minha passagem nessa terra para dizerem o que pensam, o que acham ou o que sentem em relação a mim. Nesse caso; sentiam. E não falo apenas por mim, mas penso também nos amigos de cada um; acho que ninguém espera que façam isso só no dia triste. Melhor que seja enquanto podemos ver, ler, ouvir... Por isso, manifeste-se, tome uma atitude, faça ou fale qualquer coisa antes que seja tarde. Não sabemos quanto tempo vamos durar... Ninguém sabe! Diante da incerteza da vida e da certeza do fim dela, não da pra saber quanto tempo temos... Penso que muitas vezes concordamos com a idéia de que: “ é preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã” mas muitas vezes vivemos como se o amanhã fosse sempre uma certeza e não uma possibilidade.
Fortaleza-CE 20/07/08 Wanderley Tome de Freitas – servo do Deus vivo e vosso.
wanderleytf@gmail.com

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom Dia,

Concordo totalmente com o que vc escreveu e posso te dizer por experiencia propria devemos amar como se não houvesse amanhã por experiencia propria, pra mim nao houve amanha,meu pai faleceu assim do nada de uma queda do telhado como vc mencionou em seu texto, e desde esse dia passei a valorizar as pessoas q estão ao meu redor como se nao houvesse amanha, um beijo, um abraço, um simples bom dia faz muita diferença quando nao sai de nossa BOCA por qualquer motivo que seja, somos levados pela pressa ,olhando sempre o relogio e deixando coisas realmente importantes passar!

Graça e Paz