Basta analisar um pouco para entender que o mundo gira em torno de aumentar a riqueza de alguns enquanto outros continuam pobres ou até ficam mais pobres. Se parássemos para analisar de onde vem a riqueza de muitos milionários, vamos descobrir que não poucos acumularam riquezas por contribuição de quem tem muito pouco ou quase nada. Temos um número grande de pessoas que trabalham, que ganham salários baixos, que se apertam de todas as formas pra sobreviver com os salários pequenos que ganham. Outros ganham um pouco mais, mas mesmo assim, não é tanto que lhes permitam extravagâncias. No entanto, temos outro grupo que ganham bons salários e podem viver uma vida confortável com aquilo que recebem. Mas há um outro grupo que recebem muito além de salários especiais; são salários que os levam aos milhões. Esses salários são geralmente pagos com a contribuição de muitos. Não tenho absolutamente nada contra o esporte; muito pelo contrário, mas o esporte é um exemplo de uma via de enriquecimento de alguns com a contribuição, muitas vezes de quem tem muito pouco ou quase nada; e o pior é que enquanto contribuem para que alguns poucos tornem-se milionários, acabam por contribuir em efeito contrário nas suas próprias vidas. Por exemplo: Muitos dos que vão aos estádios de futebol e pagam ingressos geralmente mais caro que um bom livro, deixam de comprar um bom livro e deixam de investir em cultura enquanto investem apenas em entretenimento, e assim ajudam a pagar salários enormes de alguns poucos, que concentram as riquezas e as mantém longe dos pobres, pois esbanjam com supérfluos e com o que há de mais caro que lhes proporcionem status e prazer. Outro exemplo claro são os jogos lotéricos. Um número enorme de pessoas pagam para concorrer a um prêmio enorme que ficará na mão de uma ou duas pessoas. Tenho a absoluta certeza de que o impacto que isso produz concentrado nas mãos de uma ou duas pessoas, não chega perto da diferença e do impacto que isso causaria se houvesse uma forma de dividir em prêmios menores que fossem para as mãos de muitos. E não estou defendendo o jogo lotérico, pois acredito que as coisas deveriam ser conseguidas pelo trabalho e que poderíamos ter um mundo muito menos desigual se não houvesse tanta ambição de muitos. Mas infelizmente quem mantém esse sistema são, na grande maioria os que mais precisam de um pouco a mais do que tem. Muitos por falta de informação, outros por ilusão egoísta de ganhar e ficarem milionários de repente. Os sistemas são mantidos por que são aprovados pela participação dos que aceitam assim e nada fazem pra mudar. Se todos tivessem a consciência de que deveria ser diferente, de que enquanto uns tem pra esbanjar, outros passam fome, moram e vivem em condições subumanas, certamente pensariam melhor antes de contribuir para que as coisas sejam como são. Ainda mais uma coisa foi agregada a isso; como se já não bastasse os salários enormes que apresentadores de TV ganham para apresentarem programas muitas vezes fúteis; de uns tempos pra cá, temos visto a invasão dos reality shows, que confinam algumas pessoas em ambientes que são como palácios para uma parte muito grande da população, e os colocam para concorrerem a um prêmio milionário pago com a contribuição de milhares de pessoas, na grande maioria pobres, que fazem suas contribuições via telefone. Milhões de ligações não apenas pagam o prêmio, mas também engordam as contas das emissoras e de seus donos que promovem esses programas. Certo é que enquanto alguns se transformam em milionários, a grande maioria continua na pobreza. Enquanto, se tivéssemos menos milionários, teríamos mais ricos e muito menos pobres. O que você tem feito ou o que você fará? No mínimo cada um de nós pode trazer o assunto à discussão, assim quem sabe, muitos se conscientizam e mudam de atitude, obrigando o mundo a adaptar-se a uma nova realidade. E não pense que é impossível, pois grandes movimentos que provocaram transformações profundas no mundo partiram de mentes que chegaram a conclusões e não se acomodaram a despeito do tamanho do problema. Faça a sua parte, estou tentando fazer a minha.
Por fim, não posso deixar de citar um dos grandes pensadores da história que disse o seguinte. “Os sete pecados capitais responsáveis pelas injustiças sociais são: riqueza sem trabalho; prazeres sem escrúpulos; conhecimento sem sabedoria; comércio sem moral; política sem idealismo; religião sem sacrifício e ciência sem humanismo” (Gandhi) Como também não posso deixar de repetir as palavras de Jesus, o que tem palavras de vida eterna. Lucas 12: 15 “E disse ao povo: Acautelai-vos e guardai-vos de toda espécie de cobiça; porque a vida do homem não consiste na abundância das coisas que possui.”(Jesus)
Wanderley t f, servo do Deus vivo e vosso!
Fortaleza 06/01/10 wanderleytf@gmail.com
Um comentário:
Então, quero produzir uma reflexão tendo como "norte", a seguinte tese: A concentração de riqueza em um pais chamado Brasil, em apertada sintese, (re)lendo a nossa historia a questão da concentração do poder economico,ja vem na nossa origem e com a evolução da nossa historia só foi criando corpo, porém desejo destacar por hora, que um dos fatores que influenciam a má distribuição de renda do brasileiro, se concentra no fato de que somos uma nação de pessadissima carga tributaria, dias desses eu estava conversando com um colega "micro empresario" e o mesmo informou que de cada copo de sorvete que ele vendia, quarenta centavos são engargos tributarios, o que levou a concluir de que, por causa desse pesso tributario não poderia contratar mais um funicionario sequer, apesar da necessidade, porque alem disso teria que acrecentar o onus que cada trabalhador produz para a empresa, bom enquanto a situação persistir provavelmente continuaremos sendo um pais de grande maioria qualificada como pobre ou abaixo da linha de miséria, qual é o desafio então acredito que o pulpito brasileiro necessite de uma (re) leitura chega de sermões com agua com acuçar tipo "teologia da prosperidade " e etc esta na hora se ministrar um evangelho integral que passa por uma capacidade de saber votar e de fiscalizar o seu representante, tendo como eco o sermão da montanha em especial a expressão "feliz aquele que tem sede de justiça"... Madruga
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